A Universidade de Coimbra conta actualmente com 3.769 estudantes de mais de 80 nacionalidades em regime de mobilidade e através do estatuto de estudante internacional, e tem como objectivo chegar aos seis mil.
A nacionalidade mais representada é o Brasil, com 2.023 alunos (1.727 em regime de mobilidade e 296 através do estatuto de estudante internacional), disse à agência Lusa fonte da Universidade de Coimbra (UC).
Em regime de mobilidade, contabilizam-se 3.297 estudantes de 86 nacionalidades: o Brasil surge em primeiro com 1.727, Itália em segundo com 228, segue-se Espanha com 225, em quarto a China com 145 estudantes e a finalizar o top 5 está Angola, com 128.
Através do estatuto de estudante internacional, em que os alunos ingressam na Universidade de Coimbra e pagam uma propina anual de 7.000 euros, registam-se 472 estudantes.
Destes, 101 ingressaram em 2014/2015, e 245 no presente ano lectivo, juntando-se ainda estudantes internacionais que ingressaram por via de “transferências, candidaturas directas a mestrado”, entre outras vias.
A UC dá conta ainda de 300 investigadores estrangeiros em regime de mobilidade, segundo dados de Dezembro de 2014.
O vice-reitor Joaquim Ramos de Carvalho disse que o objectivo é que os estrangeiros representem “20% dos estudantes que obtêm o seu grau na UC”, o que “implicará perto de 6.000 estudantes”.
De acordo com o vice-reitor, o foco no futuro passa por uma maior captação de estudantes ao abrigo do estatuto de estudante internacional (EEI), visto que é aí “que reside a maior capacidade de crescimento”.
A aposta será sobretudo em estudantes oriundos do Brasil, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e da China, referiu.
“O mais importante é que [a UC] ganha diversidade e aproxima-se do mundo. Uma universidade do século XXI forma pessoas para serem cidadãos do mundo e só o pode fazer se incorporar uma dimensão internacional em tudo o que faz, desde os conteúdos que ensina aos estudantes, funcionários e professores que atrai”, apontou.
Para Joaquim Ramos de Carvalho, há no ensino superior português “capacidade excedentária em várias áreas de excelência, o que cria oportunidades para internacionalizar”.